quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

fábulas

A Águia e a Gralha
Autor: Esopo[1]

 
Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um penhasco, num fulminante voo rasante e certeiro, capturou uma ovelha e a levou presa às suas fortes e afiadas garras.

Uma Gralha, que a tudo testemunhara, tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a mesma coisa.

Ela então voou para alto e tomou impulso. Então, com grande velocidade, atirou-se sobre uma Ovelha com a intenção de também carregá-la presa às suas garras.

Ocorre que suas garras, pequenas e fracas, acabaram por ficar embaraçadas no espesso manto de lã do animal, e isso a impediu inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as suas forças.

O Pastor das ovelhas, vendo o que estava acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas penas, de modo que não pudesse mais voar.

À noite a levou para casa e entregou como brinquedo para seus filhos.
 "Que pássaro engraçado é esse?", perguntou um deles.

"Ele é uma Gralha meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma Águia."


Moral da História:
Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.
 
A Formiga e a Pomba
Autor: Esopo[1]

 

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sem esperar, acabou sendo arrastada por uma forte correnteza, estando prestes a se afogar.

Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma.

Então, subindo na folha a Formiga pode flutuar em segurança até a margem mais próxima.

Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, escondido sob a densa folhagem da árvore, se prepara para capturar a Pomba.

Ele, cuidadosamente, coloca visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
 A Formiga, percebendo sua má intenção, imediatamente dá-lhe uma forte ferroada no pé. Tomado pelo susto, ele assim deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.


Moral da História:
Nenhum ato de boa vontade ou gentileza é coisa em vão.
 
A Rã e o Rato
Autor: Esopo[1]

 Rã e Rato
Um jovem Rato em busca de aventuras estava correndo ao longo da margem de uma lagoa onde vivia uma Rã. Quando a Rã viu o Rato, nadou até a margem e disse coachando:

"Você não gostaria de me fazer uma visita? Prometo que, se quiser, não se arrependerá..."

O Rato aceitou a oferta na hora, já que estava ansioso para conhecer o mundo e tudo que havia nele.

Entretanto, embora soubesse nadar um pouco, cauteloso, ele disse que não se arriscaria a entrar na lagoa sem alguma ajuda.

A Rã teve uma ideia. Ela amarrou a perna do Rato à sua com uma robusta fibra de junco. Então, já dentro da lagoa, pulou levando junto com ela seu infeliz e ingênuo companheiro.
 O Rato logo se deu por satisfeito e queria voltar para terra firme. Mas a traiçoeira Rã tinha outros planos. Ela deu um puxão no Rato, que preso à sua perna nada podia fazer, e mergulhou na água afogando-o.

No entanto, antes que ela pudesse soltar-se da fibra que a prendia ao Rato, um Falcão que sobrevoava a lagoa, ao ver o corpo do Rato flutuando na água, deu um vôo rasante, e com suas fortes garras o segurou levando-o para longe, ainda com a Rã presa e pendurada à sua perna.

Desse modo, com um só golpe, a Ave de rapina capturou a ambos, tendo assegurada uma porção de carne variada, animal e peixe, para o seu jantar daquele dia.


Moral da História:
Aquele que procura prejudicar os outros, frequentemente, através de suas próprias artimanhas, acaba por prejudicar a si mesmo...
 
A Raposa e o Macaco
Autor: Esopo[1]

 figura
Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.

Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes ficaram contagiados. E entusiasmados, daquele dia em diante, resolveram o eleger como seu novo rei.

A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem eleito um líder, a 
seu ver, tão desqualificado.
 Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque por direito pertencia a sua majestade, o Macaco.

O ganancioso Macaco, todo vaidoso com sua importância, e de olho na prenda, sem pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne preso a ela, estendeu o braço para pegá-lo, e assim acabou ficando preso. A Raposa, ao lado, deu uma gargalhada.

"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"

Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais, para a escolha de um novo governante.

Moral da História:O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades.

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